Peço licença para publicar aqui a carta do leitor do jornal Super Notícias, Luiz Pedra (que é mecânico) publicada no dia 24/06 sobre a inconstitucionalidade da exigência do diploma para exercer o jornalismo. Claro que tenho críticas à carta, mas, por ser de alguém de outra profissão, achei bem coerente. Aí vai:
Como todos sabem e já foi comentado pelos leitores do Super, o Supremo Tribunal Federal (STF) realmente atendeu uma reivindicação de empresários dos meios de comunicação. Tem emissora interessada nisso. Já colocou ex-bbbs como atriz ou atores, intitulou dançarinas de axé como “bailarinas”, colocou mulheres sem profissão definidas como “modelos”. Até o Alemão, ex-bbb, e Hortência, ex-atleta, como repórter por um dia.
Agora eles podem ser repórter todo dia.
Imaginem o Alemão fazendo comentário como Alexandre Garcia, a Fani ou Francine fazendo reportagem como a Camila Dias. Vittorio Medioli, que fundou um jornal onde todos podem ler e entender, cuidado: você pode perder sua vaga para um Reynaldo Gianecchini. Já pensou você ouvir: de Brasília… Carla Perez. Gente, repórter precisa pensar. Essa aí pensa que pensa.
Brincadeiras a parte, o jornalismo no mundo tem um papel importantíssimo. Derrubou presidentes, como Nixon, nos Estados Unidos, e o Fernando Collor (ELLE VOLTOU). Tem ajudado a investigar, tem denunciado abusos, mostra o Brasil como ele é, a Índia como ela é. Não maquia a situação, não escondeu os feitos da ditadura, como a Globo fez.
Temos no Brasil um jornalismo verdadeiro. Repórter sério não um rosto bonitinho. Algum tempo atrás era veiculado violência do Rio e São Paulo para não alarmar os belo-horizontinos. Mas o jornalismo verdadeiro não se calou. Os políticos agora terão grandes aliados, repórteres inexperientes, influenciáveis e corruptíveis.
Tomara que essa decisão perca o valor, pois o brasileiro pode perder o seu.
Prometo tentar começar a postar de forma tradicional neste blog... vamos ver no que vai dar ;)
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