segunda-feira, 11 de abril de 2011

curso de noivos

Ontem foi dia de Curso/Encontro de Noivos.
É uma exigência da Igreja Católica para que recebamos o sacramento do matrimônio e fomos cumpri-la com alegria, pois foi esta a Igreja na qual decidimos (por livre e espontânea vontade) receber as bênçãos de Deus em nossa união.
Sempre tenho a impressão (e algumas confirmações) que vão todos para o curso com a maior preguiça do universo e saem de lá pensando, refletindo... eu fui me sentindo um pouco diferente disso.
Meus pais que sempre participaram (e participam) de movimentos pastorais, já fizeram parte de equipes de curso de noivos tanto em Brasília como aqui em BH, então, eu desde pequena tinha a curiosidade de saber como era “lá dentro”, pois a parte de fora, da organização eu achava muito legal e interessante.
Expliquei um pouco para o Ramiro como era tudo (o que os não-noivos podiam saber antes, claro, já que nunca pude saber detalhes) pra ele não sair até arrastado de casa num domingão às 7h15 da madruga.
Fomos até o Salão Paroquial da Catedral Nossa Senhora da Boa Viagem (Santuário Perpétuo de Adoração) de coração aberto e foi logo o que o casal “mestre de cerimônia” falou a todos, já que tinha gente com cara de que-coisa-chata-para-um-domingo-inteiro.
Após apresentações e um gostoso café da manhã, participamos da Missa das Crianças celebrada por Dom Serafim que deixou uma linda mensagem sobre o “exercício do perdão” para nós e isso tocou muitos que ali estavam (como percebemos depois nos ciclos de reflexão).
Depois da missa, um casal com 54 anos de vida em comum foi falar conosco sobre amor, filhos, companheirismo, dificuldades... enfim, sobre a experiência deles como casados durante todo esse tempo.
O mais bacana é que logo de cara percebemos que os dois são bem diferentes. Ele do interior de Minas e contador de “causos” (com seus aparentes 80 anos) e ela filha de italianos, mulher forte que viveu em uma época em que as mulheres não tinham voz (e muito menos vez) e buscou ultrapassar as barreiras impostas pela sociedade.
A parte final da palestra/conversa foi emocionante. A senhora leu um texto que fez há algum tempo sobre o sentimento dela pelo marido em um momento de decepção (pelo que nos pareceu) e chegou a dar arrepio-bom quando disse que o casamento estava preso apenas por um fio, mas que era um fio de aço e explicou os motivos.
Início das lágrimas e do rímel borrando. Não foi só comigo que isso aconteceu.
Dois pequenos vídeos, um sobre a importância do diálogo antes e outro sobre a mesma (ou bem maior) importância após o casamento foram passados e fomos chamados a expressar nosso entendimento sobre o que observamos.
Era até engraçada a preocupação de alguns dos noivos-meninos sobre “pequenos detalhes” que irritam tanto as noivas-meninas. Frases como “existe mesmo problema em apertar a pasta de dente no meio?” e “não é ‘certo’ sair com os amigos depois de casado?” apareceram em momentos que todos riam e procuravam encontrar respostas no sentido de que a conversa é o mais importante para saber o que cada um sente e, se for o caso, é preciso aprender a encaixar certas coisas para que o casamento não vire um fardo para nenhum dos dois.
Interessante como o tempo inteiro a gente descobria ainda mais que não existe “receita de bolo” para um ou outro casamento dar certo. Tudo depende dos dois.
O diácono Marcelo (que eu conheço há anos e vai ser ordenado no dia 04 de junho) foi conversar conosco sobre o sacramento do matrimônio e o ritual do casamento. Ele é também psicólogo e colocou tudo de uma forma tão clara e cuidadosa que as carinhas eram ótimas mesmo depois do almoço, na hora “das trevas”, como ele dizia.
Hmmmm... nem falei que o almoço estava uma delícia (com direito a bis – gordinha safada). Strogonoff de frango com arroz branco, batata palha e uma salada linda e gostosa. Foi servido no salão e as tarefas foram distribuídas: meninas colocavam as mesas nos lugares no salão e meninos lavavam os pratos do casal. Funcionou muito bem.
Mais dois ciclos de reflexão completaram o dia. O primeiro, pela manhã, tinha sido sobre "o amor e o casamento" e os outros dois "relacionamento conjugal" e "vida no lar". Foram momentos de falar do particular, de como está e como se espera que será a vida a dois, expor sentimentos e muito mais. A emoção rolou solta no meu grupo, eram grandes sorrisos, lágrimas... de pessoas que se preparam para realizar o desejo de construir uma vida a dois e parecem estar gostando muito disso.
Teve lanchinho da tarde e uma surpresa no final, com os noivos cantando e trazendo rosas para suas noivinhas.
Enfim, um ótimo dia. Melhor que esperávamos.

No mais... sábado foi dia de realizar sonho.
Mais bênçãos :D
sorridentes :D

2 comentários:

  1. Amigaaaaaaaaaa...

    Que tudo!!
    Eu nem vou poder passar por esse momento, pois vou fazer cerimonial no msm local da recepção, e vou fazer religoso com efeito civil..
    Mas imagino a emoção de passar por td isso.. parece ser bem interessante né?

    Beijos e sucesso!!!

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  2. Fiquei muito emocionada com o seu post!
    Foi lindo o seu curso! Incrível como difere de uma igreja para outra, né?
    A essência porém é muito similar.

    Amei o blog. Amei a visita ao Noiva em BH!
    Sinta-se em casa!

    Beijinhos, Dani

    http://noivaembh.blogspot.com

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