quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Novidades no ônibus

Hoje eu queria realmente escrever toda a minha indignação sobre o transporte público de BH. Mas vai ficar para depois, já que presenciei um novo caso “interessante” hoje.
Faço tratamento dermatológico em um hospital na Av. do Contorno [que tem este nome porque contorna o que, a princípio, seria BH]. Na saída de lá posso pegar duas linhas de ônibus que descem do aglomerado da Serra para o centro [para quem é de fora: em BH não temos favelas, são aglomerados].
Entro eu no ônibus e sento logo na cadeira perto da porta, já que meu caminho era curto até o trabalho. Então começa um diálogo nas cadeiras atrás de mim:
Mulher 1: Agora resolvi que vou fazer um cursinho preparatório para o vestibular. As crianças estão grandes e já avisei pro fulano (não lembro o nome) que farei à noite e ele cuida dos meninos [que descobri que são 2: um menino e uma menina].
Mulher 2: Também quero estudar, na verdade queria ser policial, mas acho que agora não vai dá. Então quero fazer enfermagem, já sei cuidar de idosos [e contou a história de um idoso que cuidou durante 3 meses no hospital no qual eu me consulto].
Mulher 1: Pensei nos vestibulares mais concorridos: direito, jornalismo e medicina. Então escolhi jornalismo, pois falo muito e também sei escutar.
Mulher 2: Parece bom.
Mulher 1: Sei que se eu fizesse direito iria querer ser delegada. Nada de advogada ou promotora. Queria estar na rua mesmo. Mas o problema foi depois que conheci os manos. Como eu faria algo contra eles?
Mulher 2: É, já desisti de ser policial por isso. Conheci os manos e gostei demais deles. Se os encontrasse na rua eu sendo da polícia ia ter que mandar todo mundo correr pra não precisar pegar.
Mulher 1: Isso é verdade. Não dá pra ter coragem de fazer mal aos nossos manos.
Mulher 2: [risos]
Mulher 1: O fulaninho (não decorei nomes mesmo) é que vai salvar a família e ser delegado. Já a cicraninha (nada de lembrar nome) deve ser jornalista assim como eu, já que ela também fala muito.
Sei que as duas desceram no mesmo ponto que eu, no centro, rindo muito. E eu... pensando como o povo é feliz.

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